Aileen Carol Pittman, conhecida como Aileen Wuornos, (29 de fevereiro de 1956 - 9 de outubro de 2002) nasceu em Rochester, Michigan, Estados Unidos da América, foi uma prostituta considerada, errôneamente, a primeira mulher assassina em série da América.
Sua infância foi problemática devido em parte a pais adolescentes que estavam há meses separados antes que ela nascesse. Em 1960, sua mãe, Diane Pratt, a abandonou junto com o irmão Keith, que foram adotados pelos avós, Lauri e Britta Wournos. Seu pai, tirano e psicopata, foi preso, em 1969, onde se suicidou. Sua face é marcada de cicatrizes que vêm de comportamentos automutilantes durante a infância. Engravidou do próprio irmão e aos quatorze anos foi internada em um centro para as mães que entregam seus filhos para adoção. Em 1971, deixou sua casa e começou a exercer a profissão de prostituta, em lugares diversos, e cometendo pequenos delitos.
Normalmente utilizava apelidos como: Sandra Kretsch, Lee Blahover, Lori Grody e Cammie Greene. Em 1974 foi detida por dirigir bêbada e atirando em um carro, seu irmão, Keith, morreu em 1976 de câncer, Aileen herdou então dez mil dólares de seu seguro de vida, que rapidamente gastou em luxos e em um carro novo. Casou-se em Miami com Lewis Fell, mas o matrimônio durou pouco. Em 1981 foi condenada por roubo no estado da Flórida e cumpriu treze meses de prisão. Outras apreensões ocorreram por uso de cheques sem fundo, roubar uma arma, dirigir sem licença, resistência à autoridade, falsidade de informação, roubo de carro, excesso de velocidade, intimidação, etc.
Passou a freqüentar ambientes lésbicos e namorou com Tyra Moore, com quem permaneceu por 4 anos, em que se sustentaram com uma renda apertada conseguida com a prostituição de Aileen e outros crimes. A cumplicidade de ambas as conduziu para o vandalismo, a violência e o ódio. Um ano depois sua conduta ficou absurdamente incontrolável, levando continuamente uma arma na bolsa. Convenceu sua amante que deveria vingar-se dos homens por tudo o que eles tinham feito com elas por toda a vida e começou a matança.
Sua primeira vítima foi Richard Nallory, um eletricista de 51 anos encontrado no dia 13 de dezembro de 1989 perto de Daytona Beach com três tiros. Aileen o matou após ter sido, por ele, espancada, estuprada e ameaçada de morte. Ao que tudo indica, sua primeira vítima foi feita em legítima defesa. Seis meses depois outro homem foi morto com seis tiros, e sem identificação. Matou ao menos seis homens, entre quem havia Charles Carskaddon, Peter Siems, Eugene Burress, Dick Humphreys e Walter Antonio.
Aileen foi encontrada junto com sua companheira através de denúncias. Na prisão, Aileen foi diagnosticada com transtorno de personalidade Borderline, uma doença mental causada por longa exposição a traumas e que faz seus portadores cometerem esforços frenéticos para se evitar um abandono, além de serem bastante impulsivos. Confessou os seis assassinatos e enviou uma carta ao tribunal, pedindo para ser condenada a morte. Declarou odiar profundamente a vida humana e que mataria novamente se fosse libertada. Depois de um longo julgamento e um exame psiquiátrico, foi condenada a morte e executada, por ordem de Jeb Bush, por meio de injeção letal no dia 9 de outubro de 2002.
Sua história rendeu um filme com o título Monster (no Brasil: Desejo Assassino) em 2003, o filme rendeu o oscar de melhor atriz para a sul-africana Charlize Theron que representou Aileen como protagonista. O filme rendeu US$ 30,000,000.00.
Fato interessante desta história é que há relato de Aileen dizendo que a polícia sabia de seu paradeiro que evitou prende-la para torna-la uma matadora em série (serial killer); o propósito disto seria criar fama à assassina para posteriormente lucrar com a venda de livros, filmes, etc.
Após investigação de três policiais envolvidos no caso sobre esta acusação de Aileen, não foram julgados e nenhum relato detalhado sobre a investigação foi publicado.
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